Lula e Bolsonaro – Destruição em Brasília marca o início da corrida eleitoral de 2026.
jornalista -
A teoria da conspiração propagada pela extrema direita 'bolsonarista' e repudiada pela esquerda 'lulista' ainda rende boas notícias no cenário político nacional.
A invasão de militantes, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), nas dependências dos três poderes em Brasília, no domingo, 08/01, demonstra que o discurso do ódio, alimentado pelos dois principais adversários que disputaram a recente eleição presidencial, ainda está longe de terminar.
É certo que o crime praticado em Brasília, com a invasão e a destruição ao patrimônio público federal, deve ser tratado pelo código penal. O lugar de bandido é na cadeia. Só que o crime tem uma roupagem mais política do que policial. Isso se deve a construção de um cenário de disputa eleitoral para 2026.
Hoje, para o PT o clima de "quanto pior melhor para eles". -Deixem o Bolsonaro tocar fogo no país que o STF cuida dele. Afirmam os interlocutores do presidente. Lula, flerta com os eleitores de Bolsonaro, ao afirmar, um dia depois do vandalismo em Brasília, que a sua grande maioria é formada por pessoas responsáveis. O projeto dos marqueteiros e assessores de Lula, é sepultar as chances de um possível retorno de Bolsonaro, ao palácio do planalto em 2026.
Bolsonaro, com todas as suas loucuras e idiossincrasias, é uma enorme pedra no sapato de Lula e de seus sucessores. O PT como maior partido de esquerda da América latina sabe que não pode falhar nesses 4 anos de governo. Eles estão na vitrine e logo, logo, as pedras da opinião pública e da oposição irão atingi-los, se não cumprirem com as suas promessas de campanha.
O ex-presidente, por sua vez, recebeu 49 milhões de votos na última eleição. Cerca de 1% a menos que Lula. Bolsonaro, tem um patrimônio político considerável que é uma série ameaça ao futuro político do Partido dos Trabalhadores na esfera federal. É aí que mora o problema, o ódio e a ambição dos dois presidentes. Um vai tentar de todas as formas destruir a imagem política do outro.
O fatídico ocorrido em Brasília, é, ao meu modo dever, apenas o início de uma animosidade que vai perdurar nos 4 anos de gestão petista e de seus partidos apoiadores. Está lá o ex-presidente do Senado Renan Calheiros ( réu na operação Lava Jato), pedindo a prisão de Bolsonaro, que hoje reside nos EUA. Também presenciamos o PDT e o PSOL formalizando a extradição do ex-presidente para o Brasil. Fora o próprio partido de Lula que já entrou com uma representação no STF, pedindo a prisão de Bolsonaro. Uma campanha orquestrada que visa criminalizar um político que detém o reconhecimento de 49% do eleitorado brasileiro.
Por sua vez, uma boa parcela do eleitor “bolsonarista” já demonstrou que está disposto a tudo. Até mesmo a passar por cima da Constituição Federal. Desenha no Brasil de hoje, a construção de um cenário político pautado pelo ódio e pelo revanchismo. Resultando na polarização da opinião pública no cenário nacional.
De um lado, o eleitor de Bolsonaro, acredita que Lula deveria estar preso por ter sido conivente com o maior roubo já registrado nos cofres públicos da história do país, durante o governo petista de 2002 A 2016. E, que a sua vitória no dia 30 de Outubro, deveria ser anulada. Do outro, eleitores de Lula, afirmam que Bolsonaro é um genocida e que deve responder por vários crimes, dentre eles, as milhares de mortes, vítimas da Covid-19.
O importante neste atual cenário da política nacional é o cidadão compreender como essas peças vão ser jogadas neste jogo de interesses. E, como isso irá afetar a sua vida pessoal e profissional. O eleitor tem que entender que ele não deve ser usado como peça de manobra política. O discurso divulgado na mídia, com as suas matérias tendenciosas, não é a realidade vivida nos bastidores. Tanto Lula, quanto Bolsonaro, não são vítimas e muito menos inocentes. São dois personagens maquiavélicos e que fazem de tudo para se manter no poder. Agora, você eleitor, para eles, é apenas mais um.....
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